domingo, 28 de agosto de 2011

akita

A origem do Akita é bastante controversa. Alguns historiadores chegam a afirmar que os ancestrais do Akita eram provenientes da Europa, tendo surgido no Japão antes destas terras terem sido separadas pelo mar. O que ninguém questiona é sua antiguidade: sua presença foi registrada há mais de 300 anos.

O Akita era inicialmente usado como cão de briga, esporte muito popular no Japão desde a idade média. No século XIX, as rinhas ainda eram muito freqüentes no país e os cães eram chamados de "Odate", por causa do nome da cidade onde se encontravam. Por volta de 1897, os cães da província de "Tosa", uma das áreas mais famosas pela briga de cães, foram levados à província de Akita. Inicialmente, os Akitas Inu eram mais fortes do que os Tosas mas, gradualmente, foram sendo superando devido ao cruzamento dos Tosas com cães europeu. Em razão do aumento da mestiçagem e preocupado em manter a pureza da raça, o prefeito de Odate fundou, em 1927, a Akita-Inu Preservation Society. Nesta mesma época, o interesse por briga de cães começou a declinar.

A paixão do povo japonês pela raça, a maior das 6 raças japonesas, é tão intensa que o governo do Japão nomeou o Akita como ‘riqueza e monumento nacional’ em 1931.

Imagem do site Akita Inu by Palagio di LupoO primeiro Akita a ir para os Estados Unidos foi levado em 1937, por uma senhora chamada Helen Keller que conheceu o cão em visita à província de Akita. No entanto, a conquista da América pelos Akitas começou mesmo após a II Guerra Mundial, quando muitos cães, na sua grande maioria mestiços com Pastor Alemão, foram levados para os Estados Unidos que começou a promover a raça como cão de guarda. Alguns anos depois, foi a vez do Japão iniciar um trabalho para recuperar o aspecto oriental (e original) da raça que havia sido perdido.

Destes esforços para salvar a raça, praticamente extinta, resultaram praticamente 2 tipos de Akita com diferenças sensíveis, criando assim talvez a maior polêmica da cinofilia nos últimos tempos.

Para preservar o que consideravam como o Akita original, o Japan Kennel Club promoveu mudanças no padrão da raça aceito pela FCI, distanciando-o ainda mais do padrão seguido pelos americanos. Entre as principais mudanças realizadas em 92, estão a inclusão de um maior detalhamento quando ao tipo físico aceitável para o Akita e também diversas restrições, o que atingiu de maneira intensa as criações baseadas nos padrões americanos.

Entre as penalidades estão:

  • a cor malhada, definindo que manchas brancas são toleradas mas a ausência delas é preferível; e principalmente

  • a máscara preta, que é considera pelos japoneses um símbolo da falta de autenticidade do Akita, por indicar sua mestiçagem com o pastor alemão.

Diante da diversidade entre os chamados tipo ‘americano’ e tipo ‘japonês’ há algumas correntes propondo que ambos sejam reconhecidos como raças distintas, o que poderia contemplar criadores de ambos os países. No entanto, essa decisão ainda depende de muita negociação, mas em países como a França, os cães precisam passar por uma avaliação de um juiz com 12 meses de idade e, caso tenha máscara, o pedigree não é confirmado pela entidade. Veja aqui as novas diretrizes de criação aprovadas em 1999.

Japonês

Imagem extraída do site Akitas - Alemanha
Americano

Imagem extraída do site Akita Alumni
CoresSésamo. Branco

Tigrado. Vermelho.

De preferência não Malhado

Qualquer cor
MáscaraConsiderado como faltaPermitida, mas não obrigatória
AlturaAté 70 cmAté 71 cm
EstruturaModeradaPesada
FocinhoMais afiladoLigeiramente mais ‘cheio’
OrelhasMais curtas, estreitas, inclinadas para frenteMais longas, largas na base, menos inclinadas para frente

Apesar da polêmica, a popularidade do Akita no Brasil cresce sem parar, tendo sido a 11ª raça em número de registros na CBKC (entidade brasileira de cinofilia).


Imagem do site Akita Saki-Kumiai - ItáliaO Akita é um cão de guarda por excelência. Silencioso, forte e inteligente, é considerado extremamente leal. A maior ‘prova’ dessa qualidade é a história de Hachiko (seção de curiosidades). É um cão bastante dominante e por isso precisa de donos que saibam impor claramente seus limites, sem no entanto usar de apelar para o uso de violência.

O Akita não é exatamente um cão ‘brincalhão’, mas sabe conviver muito bem com os membros de sua família a fim de obter carinho e atenção. Também não é do tipo que faça festa com estranhos e até mesmo mostra-se reticente com as pessoas que não são do seu convívio diário.

Por seu temperamento ‘reservado’, convive bem com crianças desde que estas não sejam muito ‘brutas’ nas brincadeiras e, de preferência, que tenham sido criados juntos.

Já o relacionamento do Akita com outros cães é marcado pela disputa pela posição de superioridade na hierarquia familiar. Assim, desde que o Akita seja o ‘líder’ pode conviver com outros cães de maneira ‘pacífica’, mas de maneira geral, o Akita não convive bem com outras raças e podem surgir brigas e disputas até mesmo com outros Akitas.

O Akita está na 54ª posição do ranking de inteligência para o trabalho elaborado por Stanley Coren - veja em A Inteligência dos Cães. Seus resultados podem ser explicados pela dificuldade "natural" que tem em aceitar ordens de estranhos. Por isso, recomenda-se que desde cedo o próprio dono invista algumas hora na educação de seu cão.


Imagem do site Akita Inu by Palagio di Lupo

O Akita quando filhote assemelha-se a uma ‘pelúcia’... No entanto, por seu temperamento dominante e independente, é conveniente iniciar desde cedo o treinamento de obediência e deixar claros os seus limites dentro da ‘matilha’.

Akitas são cães limpos e não tem dificuldade em aprender as regras básicas de higiene. Apesar de ser uma raça bastante independente, preferem estar perto dos donos do que sozinhos no fundo do quintal. Exercícios regulares são altamente recomendados para evitar que se transformem em cães entediados e destruidores.


Imagem do site Akita Saki-Kumiai - Itália

Os Akitas não possuem sensibilidade especial a doenças, mas podem vir a apresentar, mais freqüentemente os seguintes problemas:

boder collie

O Border Collie é um cão de pastoreio e trabalho, desenvolvido pelos britânicos há mais de cem anos. É uma raça portanto relativamente jovem, mas nem por isso suas origens são precisas, isso porque seus ancestrais já exerciam suas funções desde o século XIV. Os primeiros indícios da formação do Border Collie datam de 1570, quando os primeiros exemplares começaram a ser descritos.

O desenvolvimento do Border Collie, ao contrário do que aconteceu com muitas raças, sempre foi pautado por suas características de trabalho, ou seja, acasalavam-se os exemplares com melhor desempenho para as funções específicas sem tanta preocupação com o seu tipo físico. Talvez seja por isso que até hoje os Borders conservem como principal característica física a aparência rústica. Outro dado que confirma essa tese é que a grande maioria dos Borders é registrada apenas nos clubes da raça voltados para o desempenho do pastoreio e não dos kenneis gerais. A importância ao desempenho do cão nas suas atividades originais é tão grande que as associações emitem registros de avaliação dos cães para o pastoreio e organizam competições apenas entre os melhores exemplares.

Apesar de ser um cão extremamente popular em seu país de origem, o Border começou a ganhar reconhecimento no Brasil após sua participação em comerciais como o do Unibanco e em filmes, como o Babe, o Porquinho Atrapalhado.


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O Border é, antes de mais nada, um trabalhador. Desenvolvido para o trabalho, pode ser considerado por muitos um workholic. Sua principal característica – pela qual foi selecionado durante tantos anos – é a capacidade de lidar especialmente bem com rebanhos. Em seu país de origem, estima-se que 98% de todas as propriedades rurais utilize cães para auxiliar no trabalho com o rebanho, e grande parte destes cães são borders.

É um cão com extrema vitalidade e uma enorme necessidade de executar tarefas, por isso não é incomum encontrar relatos de borders que, na falta de um rebanho de ovelhas para cuidar, acaba pastoreando patos, crianças... enfim, qualquer coisa que se mova.

Segundo o pesquisador Stanley Coren, autor do livroA Inteligência dos Cães, a raça está em primeiro lugar entre as 133 que tiveram sua inteligência de obediência e trabalho. De acordo com o levantamento, 190 dos 199 juízes participantes situaram o Border entre os dez melhores, o que lhe garantiu a liderança do ranking.

No entanto, a inteligência e a habilidade para resolver situações complexas pode se transformar num problema para o dono, uma vez que da mesma maneira que aprende as coisas que o dono quer, aprenderá na mesma velocidade coisas que são absolutamente dispensáveis.

A principal característica do Border ‘em ação’ é o seu chamado ‘power eye’. É através de seu olhar ‘penetrante’ que ele consegue, apesar do tamanho, dominar rebanhos com tanta eficiência.

EuchLambs.jpg (18309 bytes)Dependendo do tamanho dos rebanhos os borders trabalham em grupo e através de um treinamento sofisticado e ao mesmo tempo simples, os pastores conseguem que cada cão responda ao seu ‘assobio’ particular e desempenhe assim atividades relacionadas mas independentes dos demais cães.

Além de suas atividades originais, o Border é um exímio atleta. Por suas características físicas, tem uma enorme agilidade e velocidade, o que garantiu à raça um papel de destaque nas competições de agility, fly ball e jumping. A superioridade dos border na prática do agility é tão acentuada que para eles foi criada uma categoria especial, onde concorrem apenas entre si, dando assim alguma chance às demais raças nas categorias gerais.


fbordercollie21.jpg (8326 bytes)Uma característica marcante dos borders é a sua precocidade e energia. Segundo treinadores, os Borders começam seu desenvolvimento antes das demais raças e por isso estão 'prontos' mais cedo que os demais.

Para os pequenos filhotes a principal motivação para o aprendizado é o interesse do dono. Assim, um bom dono é capaz de obter excelentes resultados com um Border mesmo com poucos meses.

O instinto de pastoreio do Border é ainda tão forte que mesmo os pequenos filhotes já começam a assumir a pose típica da raça quando trabalha: colocando a cabeça para frente, patas da frente abaixadas e garupa alta. Segundo os estudiosos, essa postura é uma aliada na intimidação das ovelhas.10154139.jpg (9779 bytes)

fbordercollie33.jpg (7306 bytes)Apesar do tamanho e por ser um cão desenvolvido para o trabalho, não é recomendado para áreas pequenas onde não possa realmente gastar sua energia em atividades ‘úteis’. Um border entediado é capaz de se transformar num cão bastante destrutivo e arteiro.

Quanto às crianças, dá-se bem com elas, mas seu instinto de pastor pode assustá-las se forem muito pequenas.

Quanto à higiene, banhos podem ser dados mensalmente, mas as escovações devem ser freqüentes para manter a pelagem sempre na melhor forma. Nos de pêlo longo, mais ainda: de preferência, todo dia.


fbordercollie35.jpg (12675 bytes)Até em função de ter sua criação essencialmente voltada ao trabalho, a raça não segue um padrão muito rígido quanto ao tipo físico desejado e assim há uma grande variedade de cores e marcações possíveis para o Border, normalmente em preto, marrom, vermelho, e até mesmo o azul merle, sobre fundo branco, que não deve ser predominante.border-corel.JPG (9147 bytes)

O padrão adotado pela CBKC – entidade brasileira de cinofilia, determina algumas características que todo Border deve ter, como por exemplo um corpo um pouco mais comprido do que alto, o porte médio com cerca de 50 cm na altura da cernelha, o focinho relativamente fino, as orelhas afastadas e inseridas no alto da cabeça, a cauda moderadamente comprida.

O pêlo pode ser curto ou longo; as orelhas eretas ou semi-eretas.


fbordercollie34.jpg (15991 bytes)O Border está sujeito a alguns males hereditários. Um é a Atrofia Progressiva da Retina, conhecida como PRA central, uma atrofia da retina devido a depósito de melanina, que pode aparecer a partir dos três anos. Esta doença, que chegou a afetara 12% dos cães ingleses na década de 80, alcança hoje apenas cerca de 1% do plantel na Inglaterra.

Outro problema que pode acometer os Borders é a CEA (Anomalia do Olho do Collie), um descolamento da retina e que aparece bem cedo no Border. A CEA resulta em sangramentos e cegueira e atingem cerca de 2% dos exemplares.

Casos de displasia coxo-femural (anomalia no encaixe do fêmur e da bacia) também já foram relatados, mas são mais raros.

beagle

O Beagle é reconhecido como um dos mais antigos ‘sabujos’, cães rastreadores desenvolvidos exclusivamente para a caça, destacando-se na caça a coelhos e lebres. Historiadores acreditam que o Beagle tenha sido desenvolvido a partir de antigas linhagens de cães sabujos levados para a Inglaterra no século XI; outros afirmam que o Beagle chegou à Inglaterra apenas 4 séculos mais tarde.

De qualquer forma, foi a partir do século XVI que os Beagles começaram a proliferar entre os caçadores ingleses, sendo que a própria Rainha Elizabeth I era dona de uma grande matilha de Beagles, na ocasião um nome genérico utilizado para designar cães com determinadas características como: tamanho reduzido, predisposição natural para a caça na qual deveriam seguir o rastro das lebres.

Foi apenas no início deste século que as entidades inglesas conseguiram definir o padrão uniforme desejado para a raça. A primeira exposição organizada pelo Beagle Club inglês após a publicação do padrão realizou-se em 1896.ani_logo_snoopy.gif (12028 bytes)

A partir daquele momento e até o início da Primeira Guerra Mundial, a criação de Beagles expandiu-se não só na Inglaterra como em toda a Europa e chegou aos Estados Unidos, país que impulsionou de maneira efetiva a recuperação do plantel europeu após a Segunda Guerra, quando muitos criadores eram obrigados a contar com os cães americanos para poder retomar a criação.

Mas talvez a melhor ‘propaganda’ para o Beagle tenha sido a criação do personagem Snoopy, que fez sua primeira aparição nos quadrinhos em outubro de 1950. A partir dali, o Beagle conquistou o mundo.


O Beagle, desenvolvido para a caça em matilha, é um cão dócil, muito sociável, afável com crianças e extremamente ativo. Por estas razões é uma raça, que precisa de espaço para exercitar-se.

beaglebrigade.jpg (8318 bytes)Outra característica marcante da raça, o faro muito apurado, levou à sua utilização como cão farejador em aeroportos americanos para evitar o contrabando de alimentos não autorizados. A experiência iniciada em 1984, deu tão certo que surgiu a Brigada Beagle, que está sendo implantada também no Brasil.

Por causa de seu tamanho relativamente pequeno (o exemplar de padrão inglês pode medir até 40 cm de altura de cernelha, enquanto que o americano fica entre 33 e 38 cm) e de sua pelagem curta, muitas pessoas passaram a escolher os beagles como cães de ‘companhia’, levadas, especialmente, pelo ar ‘angelical’ dos filhotes.

No entanto, ao contrário de muitas raças que adaptaram-se facilmente ao sofá, o Beagle mantém muitas de suas características de caçador e por causa disso, adquiriram uma grande fama quanto à sua ‘insubordinação’ e ‘teimosa’. Segundo o psicólogo Stanley Coren, em seu livro "A Inteligência dos Cães" o Beagle ocupa a 72a posição entre as 135 raças pesquisadas, o que sinaliza a importância de um trabalho sério e cotidiano do dono para conquistar a obediência desejada. Por isso, além de paciência, disposição e pulso firme são as qualidades essenciais para um dono de Beagle.

beaglemania.jpg (19976 bytes)Justamente para tentar diminuir a quantidade de cães que acabaram sendo rejeitados pelos donos, foi criada, na Inglaterra, a Beagle Welfare – uma entidade filantrópica especializada em orientar proprietários de Beagles e em recolocar exemplares em novos lares. Mesmo no Brasil, alguns criadores sérios também passaram a submeter os interessados em ter um Beagle a uma espécie de questionário, que, entre outras questões, procura determinar os hábitos dos pretendentes e o grau de atividade e espaço disponível para o cão.

Por ter sido desenvolvido para a caça em matilhas, o Beagle não é recomendado para pessoas que trabalham fora, porque não suporta bem a solidão, podendo transformar-se num grande destruidor de móveis e jardins. Outra atitude bastante comum no Beagle quando sozinho são os latidos, extremamente característicos da raça (quase um uivo) e que originalmente eram utilizados para sinalizar a posição da caça e da matilha.


Holly.jpg (10713 bytes)O segredo da boa convivência com o Beagle começa com a escolha do filhote, que deve ser feita sempre junto a um criador sério e responsável.

O filhote deve ser sólido e compacto, com um aspecto vivo e alegre. Os filhotes devem demonstrar curiosidade e muita atenção às coisas que se passam ao redor, sem sinais de temor ou agressividade. Evite adquirir cães muito arredios, que se escondam das pessoas, já que esse comportamento pode dificultar a aprendizagem e a socialização do cão.

É importantíssimo que, uma vez escolhido o filhote, ele seja tratado com carinho mas sem esquecer de impor limites claros para ele. Deve-se evitar sempre que o filhote se exceda nas brincadeiras ou que faça coisas erradas. É preciso corrigi-lo desde cedo e firmar-se como líder, já que, segundo os criadores, corrigir maus hábitos é difícil em qualquer raça, mas é praticamente impossível num Beagle.

O adestramento de obediência deve começar o mais cedo possível e contar com a participação ativa do dono. Esta é uma das melhores estratégias para quem quer melhorar sua relação com os Beagles e não disputar com eles a liderança da nova ‘matilha’.


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Os Beagles possuem algumas variações quanto à marcação, mas qualquer que seja a combinação do corpo, a ponta da cauda é, obrigatoriamente, branca. Essa exigência é ainda fruto de sua atividade original, uma vez que essa característica facilitava sua visualização pelo caçador durante as caçadas.

Os Beagles mais comuns são os tricolores, com a combinação de preto, branco e o avelã. São aceitos também Beagles bicolores, como os que apresentam o manto branco com marcações em avelã ou pretos. Entre os tricolores, existem ainda os malhados, sendo que neste caso, as três cores se encontram mais difusas.


Um dos principais cuidados que o dono de um Beagle precisa ter é com a comida, já que são extremamente gulosos e apresentam tendência à obesidade.

Outro tipo de problema característico da raça é a propensão a apresentar problemas de pele, como eczemas ealergias.

O Beagle é também suscetível a desenvolver problemas na glândula da terceira pálpebra, conhecida como glândula de Harder, e que consiste em uma "bolinha" vermelha ao lado do olho do cão. Este tipo de problema é facilmente corrigido através de cirurgia.

Outro problema menos freqüente, é o Beagle Tail, que atinge mais cães com a base da cauda grossa. O Beagle Tail é uma inflamação das glândulas anais, que forma uma dobra entre o ânus e a cauda, abafando o local e gerando inflamação. É tratado com drenagem da glândula, curativos anti-sépticos e pomadas antinflamatórias com antibióticos.

bulldog

A origem do Bulldogue Inglês é bastante remota e seu nome deriva do fato de que, até meados do século XVIII a raça era usada nos combates com touros (bull baitings). Naquele tempo, os Bulldogues eram um tanto diferentes do padrão atual, mais parecidos com o boxer (mais altos, musculosos e ágeis, com membros mais retos e longos). Sua característica mais marcante, a mandíbula, tornou-se mais desenvolvida que a arcada superior para que pudesse morder, de baixo para cima, as narinas e o pescoço do touro, de forma que este não se soltasse.

Com o passar do tempo, e com a proibição dos combates, o bulldogue foi se transformando até chegar ao cão como conhecemos hoje e que, segundo alguns, só continua existindo com a ajuda do homem, uma vez que suas próprias características físicas prejudicam sua reprodução sem interferência.

Seu focinho curto e nariz voltado para o alto, que eram extremamente úteis durante o combate, na verdade dificultam o resfriamento do ar e pode levar o animal a "morrer de calor", além de restringir seus esforços físicos porque se cansa com facilidade até mesmo para acasalar-se.

MACM FELLOW.jpg (19770 bytes)As pernas dianteiras curtas e espaçadas e a frente bem mais larga que a traseira, que durante a luta eram fundamentais para driblar os adversários são as mesmas que impedem, quase em 100% dos casos, nascimentos por parto natural, uma vez que os ossos das cadelas não se dilatam a ponto de propiciar a passagem da cabeça dos filhotes. Segundo pesquisa do The Bulldog Club of America, divulgada pela revista Cães e Cia, 94% dos partos são induzidos por cesariana.

Mas, para a sorte de todos, o Bulldogue tem uma verdadeira legião de admiradores que procuram enfrentar todas essas dificuldades apenas para tê-lo como animal de companhia, sua nova função no mundo moderno. Jô Soares que o diga... E, se não pode ser considerado exatamente "bonito", talvez seja um dos cães mais usados em comerciais e desenhos animados, onde sempre aparece na função de cão bravo.


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Se em sua origem o Bulldogue era considerado "um cão feroz" e usado em combates, hoje isso não passa de lenda. Mesmo com sua expressão bravia, o Buldogue é um excelente cão de companhia, muito dócil e afetuoso.

Imagem extraída do site Bulldogs Italia



Apesar do porte físico sólido e pesado, o Bulldogue pode ser um companheiro brincalhão e cheio de energia. É um cão "de boa paz", que se relaciona muito bem com crianças desde que estas respeitem seus limites para a brincadeira e até mesmo com outros cães desde que não haja "brutalidade" na convivência. É um cão muito silencioso, que late pouco e demanda poucos cuidados com seu pelo curto.

Por essas características, é um dos cães mais populares nos EUA e na Inglaterra, onde é a raça mais numerosa entre as registradas nos clubes cinófilos.


Imagem extraída do site do AKC

Um bom filhote deve ser ativo, com cabeça grande, bem enrugada, dentes inferiores sobrepostos aos superiores.

Até os 50 dias o nariz pode ser avermelhado, mas com sinais de escurecimento.


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A raça tem certa tendência a desenvolver assaduras,dermatites e sarna demodécica.

Precisa de atenção quanto a limpeza das dobras do focinho e pescoço, que deve ser feita com água e sabão neutro.

chihuahua

A origem do Chihuahua é cercada por grande polêmica. A hipótese mais aceita para seu desenvolvimento é que a raça seja descendente do Techichi, um cão bem pequeno, que convivia com os toltecas, civilização anterior aos astecas no México e que teve seu apogeu no século X. Segundo estudos arqueológicos, o Techichi aparecia em diversas gravuras nas pedras dos templos na região. Esses cães teriam sido perpetuados pelos astecas, sendo considerados sagrados por serem os ‘guias’ das almas pelas ‘trevas’.

Outra teoria afirma que esses cães teriam uma origem muito mais antiga, e que seu berço seria o Oriente, baseando-se na tradição miniaturista dos povos orientais e teriam sido levados para a América nos navios que faziam comércio com a Ásia.

De qualquer maneira, o único consenso diz respeito ao nome da raça: Chihuahua é o nome de um dos estados Mexicanos, onde esses pequenos cães eram vendidos pelos camponeses aos turistas. Já na metade do século XIX eram muito conhecidos nas regiões de fronteira entre Mëxico e Estados Unidos, sendo que o primeiro exemplar aceito no AKC – American Kennel Club data de 1904, mas seu reconhecimento oficial como raça só aconteceu em 1952. Na Europa, os Chihuahuas só chegaram com força após a primeira guerra mundial.

Seu aspecto exótico, com sua cabeça grande e orelhas posicionadas em 45o, aliados ao tamanho diminuto, tornavam-no super adequado para viverem em pequenos espaços, e explicam, em parte sua enorme popularidade.

Outro fator importante - e mais recente - para ampliar a divulgação da raça, especialmente nos Estados Unidos, foi a adoção do Chihuahua como garoto-propaganda de uma rede fast-food de comida mexicana chamada Taco Bell.


Apesar do seu tamanho – o Chihuahua é considerado o menor cão do mundo – a raça é afetuosa e bastante possessiva com seus donos.

É considerado pela maioria das pessoas um cachorrinho de colo, que não precisa de exercícios, mas normalmente o Chihuahua adora pequenos passeios pela rua. Deve-se dar atenção especial ao contato deles com outros animais, porque, a despeito de seu tamanho, o Chihuahua é destemido e pode enfrentar mesmo cães muito maiores do que ele próprio.

A raça é considerada como excelente cão de alerta, no entanto, deve-se evitar que adquiram o hábito de latir em demasia e desnecessariamente.

Segundo o ranking do livro ‘A Inteligência dos Cães’, de Stanley Coren, o Chihuahua aparece apenas na 67ª posição, o que indica que o seu proprietário deve ter bastante paciência se quiser educá-lo aos comandos básicos de obediência.

Outro fator importante a considerar é que, apesar do padrão da raça afirmar que o Chihuahua pode pesar entre 0,9 e 3,5Kg, deve-se evitar exemplares excessivamente pequenos. O peso ideal recomendado para os bons cães fica entre 1,3 e 1,8kg.

No Brasil, infelizmente, a raça sofre com a atuação de ‘vendedores’ de cães que produzem com freqüência cães excessivamente pequenos e com graves desvios de comportamento. Bastante comum também é a mestiçagem do Chihuahua com o Pinscher e mesmo com o Lulu da Pomerânia. Por isso é fundamental que o futuro proprietário escolha bem antes de adquirir seu cachorro.


Apesar de sua constituição diminuta, os filhotes são bastante ativos e brincalhões. No entanto, devem ser tomados especiais para que, nos primeiros meses de vida, ele não seja vítima de quedas, que podem comprometer sua ossatura ainda em formação.

Não são exatamente indicados para conviver com crianças pequenas. Neste caso, os cuidados devem ser redobrados, evitando assim acidentes como o cão ser ‘pisado’ pela criança durante as brincadeiras.

Podem ser facilmente criados com outros cães e costumam divertir-se muito em brincadeiras e correrias. Deve-se apenas cuidar para que não haja uma diferença de tamanho muito grande entre os participantes da brincadeira, evitando assim qualquer tipo de acidente.

Banhos só devem ser dados após a última dose de vacina aos 4 ou 5 meses.


O Chihuahua é aceito em duas variedades de pêlo: o curto e o longo, sendo aceito pela maioria dos criadores que a variedade de pêlo comprido seja o resultado do cruzamento do Chihuahua de pêlo curto com o Papillon. Quanto às cores, são variadas e todas são aceitas para a raça.


Apesar do tamanho e aparência frágil, o Chihuahua é uma raça com poucos problemas específicos.

Cuidados especiais devem ser tomados quanto à sua sensibilidade ao frio.

Outro ponto fraco da raça é sua dentição, que deve ser freqüentemente verificada para evitar a formação de placas de tártaro.

O Chihuahua costuma apresentar também alguns problemas oftálmicos, entre eles, a diminuição da produção de lágrimas.

Caso ele não saia frequentemente de casa, pode vir a ter problemas com o crescimento exagerado das unhas. Nestes casos, convém apará-las mensalmente, de preferência, num veterinário de confiança.

Outro cuidado importante é quanto à alimentação, que deve ser ‘na medida’ para que o cão não engorde e sobrecarregue sua ossatura.